A Eco - Forma de Gramado

Um território que examina 2 bacias nascidas de um "planalto" onde está localizada a cidade de Gramado. As duas bacias possuem, por sua vez, dois setores de notáveis valores ambientais definidos pelas sub-bacias, a de Aº Caracol no nordeste (bacia do rio Cai) que forma o Vale dos Pinheiros e a de Aº Angabei (bacia dos Sinos) que é o eixo do Vale do Quilombo.

Um território com riachos e lagos artificiais que marcam uma forte presença de água.

Florestas naturais e implantadas que caracterizam a paisagem.

Áreas rurais com fortes tradições e paisagens de qualidade.

Córregos e massas de água (naturais e artificiais) como uma rede de espaços protegidos (APP).

Vale do Quilombo como a paisagem rural emblemática a ser preservada, bem como o sistema Parque dos Pinheiros - Vale dos Pinheiros e a área Aº Caracol. O Vale dos Pinheiros é uma reserva hídrica muito importante.

A idéia é que ambos os vales se transformem em áreas com fortes restrições à urbanização e com diretrizes para a proteção ambiental, a conservação de sua paisagem, características culturais e produtivas.

Critérios principais do Modelo

Corredor principal norte-sul, seguindo as melhores condições do planalto. Este corredor se desenrola formando um x para as principais tensões transversais que vão em direção a Canela e em direção ao interior rural e ao restante da Serra Gaúcha

No lado direito, esse corredor estava gerando ou adotando o encontro com as melhores paisagens, o Morro das Orquídeas, como um grande coração verde e o desenvolvimento da Avenida das Hortênsias, uma grande varanda com vista para a paisagem monumental do Vale do Quilombo

À esquerda do corredor, desenvolveram-se os bairros mais característicos, valorizando a proximidade ao corredor, com ótimas condições de habitabilidade. Essas macrozonas são bastante homogêneas em si mesmas, mas podem ser enriquecidas destacando os riachos e pequenos lagos que se tornam atrativos do coração desses bairros, o que pode encontrar áreas mais intensamente ocupadas lá (micro urbanismo)

À esquerda desta série de bairros, destaca-se uma interface urbano-rural, onde é imperativo proteger a paisagem verde, promovendo enclaves de urbanização intensiva e o mais autossuficiente possível, que não quebrem a continuidade do tecido arborizado. É gerada uma grande oportunidade para novos investimentos, onde a terra deve oscilar entre 4 e 20 hectares, para abrigar equipamentos, esportes, atividades intensivas, mas ocupando apenas 10% da área total dos prédios, o restante mantém o padrão verde atual.

Ao norte desse corredor e arredores, é reconhecida uma grande interface verde, com grandes equipamentos, como o Golf Club e o Parque Dos Pinheiros, que protegem a paisagem natural em direção à bacia do Rio Caí e a grande atração de a Cascata do Caracol

Ao sul do grande corredor, é transformado em um esplêndido corredor verde, através do qual a Rodovia circula na direção de Várzea Grande e Porto Alegre, gerando uma entrada monumental e caracterizando Várzea Grande, como uma cidade com identidade própria e forte perfil de  indústrias e comércios, bem como para a residência de trabalhadores locais.

• O sistema como um todo garante caráter e tamanho compatíveis com a Diretiva Vila de Montanha, definida enfaticamente na Agenda Estratégica aprovada. E para isso define faixas de altura e ocupação do solo que, em geral, devem agir para:

a) Cuidar da ocupação plena de todos os lotes vazios ou com ocupação que mereça atualização.

b) Nesta ocupação, a altura dos edifícios geralmente pode ser aumentada em um ou dois andares, contribuindo para a compactação e o perfil da paisagem já consolidado em todas essas regiões, mas aumentando o recuo dos edifícios para proporcionar melhores condições de iluminação, ventilação e espaços verdes

c) Promover a instalação de novos atratores com instalações culturais de lazer e turismo, especialmente ao longo do grande corredor central, a fim de descentralizar a vida na atual área central.

d) Promover a instalação de mirantes e equipamentos associados ao longo das principais paisagens e, principalmente, na Avenida das Hortênsias, sobre o Vale do Quilombo.

Uma referência especial merece a grande questão da Avenida Perimetral, a melhor solução para o futuro próximo, para interconectar todo o sistema interno de vizinhança e permitir fluxos externos que não exigem a passagem pelo coração da cidade. A perimetral leste, de frente para o Vale do Quilombo, pode demorar um pouco mais, pois é uma prioridade, mas não é urgente. Por outro lado, a perimetral oeste, norte e sul, que aqui coincidem com os limites dos bairros, é mais urgente porque as seções transversais que conectam esses bairros ao corredor central não têm largura ou layout suficientes e continuarão a complicar a fluidez geral do Modelo.

A clara interpretação do sistema geral nos permitirá continuar identificando seções médias e pequenas de interconexão no desenvolvimento dessa perimetral, o que atenuará algumas das interrupções mais perturbadoras da estrada.

Outro elemento vital do Modelo, observado em outros gráficos elaborados, é a reavaliação da área rural, que a partir do Plano Diretor pode ser alcançada através do fortalecimento dos centros populacionais rurais com equipamentos, serviços e moradia, tornando a vida rural muito mais fácil e agradável, além de ações de caráter produtivo, social e ambiental que melhorem a economia e a cultura tradicional.